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Recentemente, Marie-Anne Paveau tem se dedicado a refletir sobre a noção de raça numa perspectiva decolonial, na França, e tem acompanhado o desenvolvimento da Análise de Discurso Africana, como podemos conferir em: Un moment africain de l’analyse du discours française (2021), Comment pensent les chercheuses blanches (2022a), Écrire depuis la race (2022b), La couleur de la chair. Race, langue et linguistique en France (2022c), La race est dans les mots, les signes et les discours (2022d), L’analyse du discours française, une théorie défectueuse (2023a) e Une analyse du discours contre-hégémonique (2023b). Nesses trabalhos, a autora assume uma postura crítica diante de seu próprio método de mobilizar a teoria e confirma que muitas questões constitutivas do sujeito não-europeu e não-branco ficaram fora da Análise de Discurso francesa, e que é preciso assumir essa falta. A partir dessas leituras, buscaremos refletir sobre os sujeitos atravessados pelas questões raciais e coloniais, no mundo contemporâneo, e questionar como Análise de Discurso materialista pode incorporar e ampliar essas discussões, no Brasil, em meio à diversidade e multiculturalidade de sua população. Será utilizado um modelo adaptado a partir de Paveau (2022c), para um breve exercício que pretende levantar a denominação das diferentes cores de pele reconhecidas no país, a fim de identificarmos como a língua funciona nas diferentes tomadas de posição, capturadas por meio dos discursos. Os resultados serão discutidos entre os participantes e, futuramente, compartilhados com a autora.
Análise de Discurso, Raça, Marie-Anne Paveau
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