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A presente proposta de minicurso pretende apresentar modos insurgentes de fazer e pensar metodologias de pesquisas, rompendo com as ideias e instrumentos científicos onde mulheres e homens negros são objetos e não agentes de transformação social. Nesse sentido, buscamos conjecturar caminhos metodológicos que transgridam ao “modus operandi qualitativo/quantitativo”, bem como a ideia de imparcialidade/neutralidade na investigação. A fundamentação da proposta tem como base teórica os conceitos trazidos por: bell hooks (Intelectuais negras/Erguer a voz/Ensinando a transgredir); Grada Kilomba (Memórias de Plantação); Conceição Evaristo (Origem/conceito de Escrevivência); Fernanda Felisberto (Escrevivência como rota de escrita acadêmica); Patricia Hill Collins (Pensamento feminista negro); Oyèrònke Oyewùmí (A invenção da mulher: construindo um sentido africano para os discursos ocidentais de gênero).Objetivamos, com a construção deste minicurso, reunir pesquisadoras que estejam produzindo ou buscando metodologias de pesquisa contra-hegemônicas, em que suas trajetórias pessoais se constituem como trajetórias políticas, a partir de uma perspectiva subjetiva que se faz coletiva, priorizando a escrita negra em primeira pessoa, como nos coloca Conceição Evaristo (2020), quando afirma que esta não é uma escrita narcisística, pois não é uma escrita de si que se limita a história de um eu sozinho. Assim, apresentaremos a escrevivência como método, como “rota de escrita que visa romper as amarras das estruturas acadêmicas” (Felisberto, 2020), com vistas a provocar reflexões a cerca de modos outros de se fazer pesquisa acadêmica. Reafirmar outras formas de se fazer e pensar pesquisas com/ para pessoas negras. A estrutura formativa se dará a partir do tripé começo/ meio/começo (SANTOS, 2020), e da circularidade (TRINDADE, 2005) um dos marcos civilizatórios para os povos oriundos da diáspora, logo, realizaremos um rodas de conversas com apresentações dos pontos que fundamentam os modos insurgentes de se fazer e pensar metodologias femininas negras. A avaliação se dará por meio da participação ativada dos cursistas.

Mulheres negras, escrevivencia e metodologia

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