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Uma vez que os resquícios do colonialismo ainda são notórios em nosso país (Gomes, 2021), percebemos que indivíduos afropindorâmicos atravessam cotidianamente verdadeiros processos de folclorização, coisificação e silenciamento de suas culturas complexas e heterogêneas, tendo seus corpos demarcados como subalternos em diferentes âmbitos sociais, bem como suas vivências narradas sob discursos altamente excludentes (Caputo, 2020). Nesse sentido, como um dos exemplos mais contundentes, basta olharmos para as tentativas de destruição física e simbólica de inúmeras casas de Umbanda, de Quimbanda, de Candomblé, entre outras ao redor do Brasil (Nogueira, 2020; Piedade, 2023) para percebermos as facetas dessa sofisticada engenharia produtora de sofrimento chamada racismo religioso (Mota, 2018; Rufino; Miranda, 2019). Diante desse cenário violento e em total oposição às políticas de apagamento direcionadas a esses sujeitos ao longo dos tempos (Louzada, 2011; Santos, 2022), neste GT, temos como objetivo apresentar trabalhos concluídos e/ou em andamento que valorizem os saberes negros/indígenas de terreiro, em suas dinâmicas plurais, como forma de debatermos sobre essa rica herança filosófico-cultural mantida viva por tantos séculos, apesar das práticas inferiorizantes perpetradas pelo racismo (Awofa, 2010). Nosso público-alvo são pesquisadores/as e ativistas que, em suas investigações qualitativas, sob variados recortes socioespaciais, buscam apontar a importância de compreendermos tais religiosidades como um modo de vida ético-político-plural, a favor de trajetórias de terreiro pautadas na coletividade, no (auto)conhecimento, na liberdade de ser/estar em sociedade e, sobretudo, na luta antirracista (Nascimento, 2016).

Palavras-chave: Saberes afropindorâmicos; Trajetórias de terreiro; Luta antirracista.

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