Refletir sobre a relação entre leitura e escrita considerando a heterogeneidade dos saberes, na dinâmica das relações inter-raciais, em especial, no contexto da Literatura Negra Brasileira. Propõe-se, portanto, experimentar a escrita como fenômeno estético, elaborada por corpos pretos, enquanto territórios poéticos para tecer memórias escritas de SI/NÓS. Como estratégias metodológicas serão propostas a leitura de textos em formatos, gêneros e suporte diversos, tais como o samba, samba enredo, Hip Hop, poesia, contos, graffiti, etc. Compreendemos que há, na dinâmica espiralar (Martins, 2024) dos acontecimentos, narrativas múltiplas e diversas dos corpos pretos autores de SI/NÓS, expressar memórias, elaborar e tecer poéticas intimamente integradas aos seus múltiplos territórios/corpos ancestrais, não conformadas a lógica das narrativas lineares , por este privilegiarem o narrativa colonialistas , fato estético que afirma e glorifica a estratificação e hierarquização de saberes. Neste sentido, convidamos aos inscritos experienciar o tecer individual e coletivo através da memórias escritas de si/nós corpos pretos autores.