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Este minicurso tem como objetivo introduzir o campo emergente de debate sobre o pardo de origem indígena, que se fundamenta no fato de que, apesar de os pardos serem oficialmente categorizados como negros, a maioria não se identifica assim. Um levantamento do Instituto Datafolha, realizado em novembro de 2024, evidenciou que 60% dos pardos não se consideram negros. Argumentamos que uma das hipóteses explicativas para isto pode estar no fato de que muitos pardos se identificam como “descendentes de indígenas” ou caboclos. Na literatura sociológica há diversas categorias de análise sobre os autodeclarados pardos, tais como "pardo-negro", "pardo-pardo" e "pardo-branco". A categoria "pardo-indígena" emerge a partir de uma aproximação e diálogo com esse campo teórico-metodológico. O minicurso consistirá na apresentação da literatura emergente sobre os pardos de origem indígena, seguida pela descrição e discussão dos dados derivados da pesquisa em andamento do primeiro autor. A pesquisa seguiu uma abordagem quantitativa, consistindo na aplicação de um survey a uma amostra de 223 habitantes dos municípios amazonenses de Manaus, Itacoatiara e Carauari. Os dados indicam que os “pardos não-negros” do Amazonas se identificam majoritariamente como descendentes de indígenas e que esse grupo está em vulnerabilidade social. Apesar disso, não são oficialmente contemplados pelas atuais políticas públicas de igualdade racial. Pretendemos promover o debate sobre a identidade racial do “pardo-indígena” e seu lugar nas políticas públicas, tendo como público-alvo acadêmicos das mais diversas áreas das ciências humanas e sociais que se interessam por relações étnico-raciais e desigualdade social.

Pardos, Amazônia, Identidade racial, Discriminação, Desigualdade social.

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