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Este Grupo de Trabalho propõe discutir criticamente a presença negra no pós-doutorado e seus desdobramentos para o debate sobre ações afirmativas na pós-graduação, na docência universitária e na produção científica. A partir da experiência de pesquisadoras(es) negras(os) aprovadas(os) no edital de bolsas da Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento (PRIP) da Universidade de São Paulo, o GT busca: (1) visibilizar os efeitos das políticas afirmativas em níveis avançados da trajetória acadêmica; (2) refletir sobre os desafios estruturais enfrentados por pessoas negras nos espaços de pesquisa e ensino superior;(3) contribuir com a formulação de políticas institucionais voltadas à equidade racial na pós-graduação, na docência universitária e na produção científica. Problema / Contexto: Embora a implementação de ações afirmativas tenha promovido avanços significativos no acesso de pessoas negras à educação superior, a permanência e o reconhecimento de pesquisadoras(es) negras(os) nos níveis mais altos da carreira acadêmica permanecem como desafios centrais. A escassez de políticas voltadas à inclusão racial no pós-doutorado e na docência universitária evidenciam um apagamento institucional dessas trajetórias. O edital de bolsas da PRIP representa uma iniciativa pioneira, mas ainda pontual, cujos impactos, limites e potências precisam ser analisados criticamente. As experiências de pós-doutorandas(os) negras(os) revelam tensões entre mérito e reparação, entre reconhecimento simbólico e suporte material, entre presença e pertencimento. Perspectivas Teóricas: O debate será fundamentado em uma abordagem interseccional que compreende as articulações entre raça, gênero e classe como estruturantes das desigualdades acadêmicas. O GT também se apoia nas epistemologias negras brasileiras, nos estudos sobre ações afirmativas e na crítica decolonial ao modelo hegemônico de produção de conhecimento. As trajetórias apresentadas serão tratadas como experiências de resistência e reconfiguração institucional, que tensionam a ideia de neutralidade das universidades públicas e propõem a construção de outros modos de habitar a academia. Público-alvo: O GT se destina a pesquisadoras(es), docentes, estudantes de graduação e pós-graduação, gestores(as) universitários(as), integrantes de coletivos e movimentos sociais interessados(as) na consolidação de políticas públicas de equidade racial, especialmente no âmbito da formação científica, acadêmica e docência. Ao valorizar a troca de experiências e a construção coletiva de estratégias, o espaço pretende fortalecer redes de apoio e ampliar o engajamento de diferentes sujeitos na defesa e expansão das ações afirmativas nas universidades.

Palavras-chave: Ações afirmativas; Pós-doutorado; Interseccionalidade; Universidade pública; Equidade racial.

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