Este GT visa reunir pesquisas que contribuem para o intercâmbio de ações e aprendizagens recíprocas sobre os modos como o tema do racismo ambiental está integrado ou não (e como pode estar) a processos de enfrentamento às mudanças climáticas e de promoção do desenvolvimento sustentável na América latina e no Caribe Historicamente, o conceito de racismo ambiental não representa consenso no meio acadêmico ou no interior de movimentos sociais (PACHECO, 2008). No caso do primeiro, a ideia de racismo ambiental é tomada como uma perspectiva que retira da discussão o necessário foco sobre modelo de desenvolvimento e de paradigma civilizatório. No segundo, é tomado como “uma tentativa de minimizar a questão doracismo em si”, ou seja, como sendo uma forma de restringir “o conteúdo mais amplo e institucional das práticas racistas na sociedade”. Entendendo que racismo ambiental afeta as mais variadas etnias, além de grupos de populações consideradas tradicionais tais como, no caso do Brasil, ribeirinhos, pescadores, pantaneiros e quilombolas (HERCULANO, 2008), esta proposta de discussão, a partir de resgates do estado atualda arte, considera o conceito como importante ferramenta na promoção de igualdade social e preservação do meio ambiente.