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Este Grupo de Trabalho propõe reunir pesquisas e reflexões críticas sobre as formas como os algoritmos e sistemas de inteligência artificial têm reproduzido e intensificado exclusões sociais no contexto do Sul Global, com foco nas intersecções entre raça, gênero, classe, idade, deficiência e territorialidades. Partindo do conceito de necroalgoritmização (Araújo, 2025), entendido como o modo pelo qual os algoritmos produzem hierarquizações e apagamentos que definem quem é visível, quem é silenciado e quem é descartável, o GT busca examinar o racismo algorítmico (Silva, 2022) e suas expressões interseccionais como fenômenos discursivos e sociotécnicos que impactam práticas democráticas e direitos fundamentais. A proposta ancora-se na Linguística Aplicada Crítica (Pennycook, 2006), nos Estudos Críticos do Discurso (Fairclough, 2001), na perspectiva da interseccionalidade (Crenshaw, 1989; 1991) e nos debates contemporâneos sobre justiça algorítmica e epistemológica (Benjamin, 2019; Noble, 2021). Pretende-se mapear investigações e experiências que problematizem desde as arquiteturas de dados e a curadoria algorítmica até os efeitos concretos desses sistemas sobre populações historicamente marginalizadas, incluindo comunidades negras, indígenas, periféricas e surdas. O GT acolhe trabalhos que articulem análises empíricas (como estudos de plataformas digitais, sistemas de reconhecimento facial e bancos de dados automatizados) e reflexões teóricas (sobre ética da IA, pedagogias críticas e resistências digitais). Busca-se também dar espaço a relatos de experiências de movimentos sociais, coletivos e iniciativas de militância digital que enfrentam a lógica excludente da IA a partir de perspectivas antirracistas e decoloniais. Nosso objetivo é construir um espaço de diálogo interdisciplinar e interseccional, que fomente debates sobre democracia, exclusão e resistência na era da inteligência artificial, contribuindo para consolidar uma agenda crítica sobre racismo algorítmico no campo dos estudos de linguagem, tecnologia e sociedade.
Público-alvo: pesquisadoras/es e ativistas que investigam ou atuam nas intersecções entre discurso, democracia, tecnologia e antirracismo, bem como estudantes de graduação e pós-graduação interessados/as em compreender criticamente os impactos sociais da IA.

Palavras-chave: Racismo algorítmico; Necroalgoritmização; Interseccionalidade; Inteligência artificial; Justiça epistêmica.

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