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Este Grupo de Trabalho (GT) objetiva reunir e fomentar produções acadêmicas, pedagógicas e político-educacionais que se fundamentem em epistemologias negras, com o intuito de construir, refletir e potencializar práticas educacionais antirracistas, democráticas e decoloniais, que valorizem os saberes de autoras e autores negros e negras, ao promover a justiça epistêmica e a transformação do espaço escolar em território de dignidade, ancestralidade e resistência. Mais particularmente, este GT propõe reunir pesquisas, relatos de experiência e propostas pedagógicas que se fundamentem em epistemologias negras como manancial teórico-prático para a construção de vivências educacionais que enfrentem o racismo estrutural, fortaleçam processos democráticos e desafiem lógicas eurocentradas de conhecimento. A centralidade deste GT recai sobre a valorização e a difusão de produções intelectuais de autoras e autores negros e negras — como Lélia Gonzalez, Sueli Carneiro, Milton Santos, Abdias Nascimento, Luiz Gama, Beatriz Nascimento, Conceição Evaristo, Carolina Maria de Jesus, entre outros — que há décadas formulam compreensões profundas sobre os processos de racialização, exclusão, resistência e construção de saberes no contexto brasileiro e latino-americano. A considerar os atravessamentos entre raça, gênero, território, linguagem e educação, este GT acolherá investigações que promovam incorporações engajadas de vozes negras na elaboração de currículos escolares, materiais didáticos, políticas públicas educacionais e práticas pedagógicas emancipadoras. Espera-se reunir trabalhos que operem com a noção de justiça epistêmica e proponham caminhos para a reconstrução do cotidiano escolar a partir da escuta sensível, de narrativas plurais e de experiências historicamente silenciadas. Além disso, o GT se interessa por trabalhos que dialoguem com saberes tradicionais, orais, artísticos, religiosos e comunitários afro-brasileiros e africanos, a conceber a educação como território de produção e ressignificação de conhecimentos, decorrentes das mais variadas formas de ser, pensar e viver, particularmente, de grupos socialmente marginalizados, como a comunidade negra. Serão valorizadas propostas que articulem a educação formal com outras formas de letramento e formação crítica, que reconheçam o corpo negro como potente produtor de sentidos e que questionem os paradigmas epistemológicos euro-norte-americano centrados. Ao propor este GT, almeja-se potencializar redes de pesquisadoras(es), educadoras(es) e ativistas comprometidas(os) com a luta antirracista, com a revalorização das epistemologias negras e com a reinvenção do espaço escolar, fundado na promoção da igualdade racial, no diálogo plural e na crítica às estruturas de dominação colonial.

Palavras-chave: Epistemologias negras; Educação antirracista; Justiça epistêmica; Propostas pedagógicas decoloniais; Ancestralidade

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