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Para Frantz Fanon, o indivíduo precisa afirmar a sua própria identidade, cultura e história para haver uma transformação sociocultural. Sob esse viés, dentro desse grupo de trabalho, objetiva-se recepcionar e discutir as poliédricas figurações possíveis do contexto africano e de suas respectivas diásporas; pensar as consequências e as intercorrências advindas do colonialismo, permeando as discussões decoloniais e contracoloniais; mapear e analisar, de forma interdisciplinar, diferentes modos de materialização de epistemologias contracoloniais, relacionadas ao cuidado com seres humanos e não humanos, em comunidades tradicionais, quilombolas, indígenas, de terreiro e de pescadores, a partir das possíveis representações culturais, espaço-temporais e identitárias dentro das várias linguagens e em diversas mídias, tais como a literatura, o teatro, a música, o cinema, as artes visuais, a dança, as artes digitais, as artes urbanas, entre outras possíveis. A posição de pesquisador como cambono, e, portanto, descentralizado, é fundamental para discutir, analisar e produzir um arquivo de materialidades diversas provenientes de diversos espaços discursivos africanos e afrodiaspóricos. Propomos, a partir desse espaço descentrado, evidenciar esses saberes, utilizando arcabouços teórico-analíticos interdisciplinares, um olhar sobre essas afrofigurações nas linguagens. O gesto colonial de subalternização, apagamento e silenciamento; ações de genocídios e epistemicídios ainda ecoam nos dias de hoje em diferentes territórios. Porém, continuamos resistindo, e essa é uma forma de mostrarmos essas resistência e empoderar os nossos trabalhos dentro das ciências humanas, das letras e das artes. O fortalecimento dessa discussão nesse grupo de trabalho, portanto, representa uma possibilidade de ruptura no cenário de insustentabilidade gerado pelo modelo hegemônico.

Palavras-chave: Decolonialidade; Contracolonialidade; Afrofigurações; Espaço-temporalidade; Culturalidade.

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